terça-feira, 5 de abril de 2016

Manha

Manha
 
Fez se manha, despertei...
Era apenas outro dia, a mim parecia que preferias sentir o mistral.
E o mistral era aquele vento frio e seco, das regioes distantes.

Estes ventos nao eram entao para o meu rosto.
Quieto entre os dias, busquei entao um outro modo de encontrar,
as verdades que me escapavam ao raciocinio.
Como as gotas de chuva escapam das nuvens.
Sejam la quais forem as estacoes!

Sem que percebesse fez se a tarde.
As tardes vinham acompanhadas, da beleza dos rostos juvenis,
nas janelas procurando alguem nas ruas.
Todos pareciam fazer o mesmo.
Sentado, olhar distante, lhe escrevia um poema.

Destes que as horas trazem ao longo do dia.
Respirei fundo, e a beleza dos rostos, vinham tambem com
o cheiro de terra molhada, findava a fina chuva.
Vi alguns passaros, nas arvores.
As janelas seguiam abertas.
Era quase noite.

Hoje nao haveriam estrelas no ceu,
justo aquele momento em que o dia parecia nao ter fim.
Meu pensamento se fazia longe, escapando as nuvens talvez.
Foi se a manha,
Assim foi com a tarde.
Eram todos dias,
Em fins de tarde ate anoitecer,
Amanha e sempre um novo dia.


Leviatan Levi