O silêncio
das horas, era a cada instante um recomeço.
Desde as
pedras de cristal na instante.
Henriques
tudo o observava, com relativa frieza e olhos de narrador.
Percebia
de forma diferenciada, cada pequeno momento.
Os peixes
no ir vir do pequeno aquário da sala.
Ou ainda o
leve toque do vento nas cortinas, recém colocadas por sua mãe na
janela
da sala.
A porta de
sua casa estava sempre aberta, e comoheriques gostava mesmo era de
ficar no portão. Ver o vai e vem das pessoas, na rua, na
calçada.Apesar de manter se do lado de dentro da casa, como todo
tímido que se preza, eram em si preciosos momentos que lhe
concedia escondida nestes pequenos detalhes.
Por algum
motivo, que não sabia explicar, estava completando um ciclo.
Escrever
isso era o que fazia.
Bem ou
mal, isto não lhe importava.
A verdade
era que se tornava invisivel, a cada vez que o fazia.
E toda
energia que fluia de si podia ser sentida,
Foi assim
que tudo começou! Graças a um buraco na calçada, Se alguém caía
na rua, para ele não era simplesmente um tombo; uma queda.
Desde
pequeno sentia que podia escrever a música deixada em cada passo,
nas calçadas.
Imaginava
que o destino final, ou seja o triste momento do tombo era o final
de uma
sinfonia.
Entre palavras, trocava o momento da agonia por sinfonia,.
Sinfonia
da desatenção!
E foi
assim...os momentos que antecederam ao desastre da linda jovem.
E porque
não dizer de um vôo monumental
Provocado
pelo vil, buraco de calçada.
Este vilão
inerte, trágica armadilha de um olhar desatento.
Frações
de segundos e um doloroso momento de contato com o solo.
Uma bolsa
voou, acertando em cheio a cabeça de henriques do outro lado do
portão.
Por sorte
conseguiu segurar seu smartphone.
Aiiii!!!
Putz!! exclamou a jovem, que momentos antes.
Vinha
teclando no whatsapp, já era tarde!
A pressa!
Havia sido causadora de tudo. Hora para sair, hora para chegar.
Onibus,
metro e todas as coisas do dia a dia.
Que nos
fazem correr de um lado para o outro sem prestar a atenção.
Mas
Voltemos ao caso.
ele o vil
carrasco, não perdoava quem vinha fora de seu próprio ritmo.
De falta
de atenção, a ação da natureza.
Tudo era
beleza no mundo das letras.
Tudo até
henriques ser atingido em cheio por uma bolsa na cabeça.
Deixou
então de escrever sua melodia, saiu foi prestar assitência a jovem.
Que graças
ao vil buraco, a pressa e ao fim do dia!
Entreolhares...deram
inicio a uma nova estória!
Leviatán Levi