segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Na calcada


O silêncio das horas, era a cada instante um recomeço.
Desde as pedras de cristal na instante.
Henriques tudo o observava, com relativa frieza e olhos de narrador.
Percebia de forma diferenciada, cada pequeno momento.
Os peixes no ir vir do pequeno aquário da sala.
Ou ainda o leve toque do vento nas cortinas, recém colocadas por sua mãe na janela
da sala.
A porta de sua casa estava sempre aberta, e comoheriques gostava mesmo era de ficar no portão. Ver o vai e vem das pessoas, na rua, na calçada.Apesar de manter se do lado de dentro da casa, como todo tímido que se preza, eram em si preciosos momentos que lhe concedia escondida nestes pequenos detalhes.
Por algum motivo, que não sabia explicar, estava completando um ciclo.
Escrever isso era o que fazia.
Bem ou mal, isto não lhe importava.
A verdade era que se tornava invisivel, a cada vez que o fazia.
E toda energia que fluia de si podia ser sentida,
Foi assim que tudo começou! Graças a um buraco na calçada, Se alguém caía na rua, para ele não era simplesmente um tombo; uma queda.
Desde pequeno sentia que podia escrever a música deixada em cada passo, nas calçadas.
Imaginava que o destino final, ou seja o triste momento do tombo era o final de uma
sinfonia. Entre palavras, trocava o momento da agonia por sinfonia,.
Sinfonia da desatenção!
E foi assim...os momentos que antecederam ao desastre da linda jovem.
E porque não dizer de um vôo monumental
Provocado pelo vil, buraco de calçada.
Este vilão inerte, trágica armadilha de um olhar desatento.
Frações de segundos e um doloroso momento de contato com o solo.
Uma bolsa voou, acertando em cheio a cabeça de henriques do outro lado do portão.
Por sorte conseguiu segurar seu smartphone.
Aiiii!!! Putz!! exclamou a jovem, que momentos antes.

Vinha teclando no whatsapp, já era tarde!
A pressa! Havia sido causadora de tudo. Hora para sair, hora para chegar.
Onibus, metro e todas as coisas do dia a dia.
Que nos fazem correr de um lado para o outro sem prestar a atenção.
Mas Voltemos ao caso.
ele o vil carrasco, não perdoava quem vinha fora de seu próprio ritmo.
De falta de atenção, a ação da natureza.
Tudo era beleza no mundo das letras.
Tudo até henriques ser atingido em cheio por uma bolsa na cabeça.
Deixou então de escrever sua melodia, saiu foi prestar assitência a jovem.
Que graças ao vil buraco, a pressa e ao fim do dia!
Entreolhares...deram inicio a uma nova estória!
Leviatán Levi