domingo, 5 de julho de 2015

Ruídos



Ela lhe pediu, que ele a levasse ao fim do mundo!
Então ele o pôs o seu nome em todas as ondas do mar.
Se entre olharam um segundo, como dois desconhecidos.
Todas as cidades eram poucas a seus olhos.
Ela quis um barco, mas não sabia o  que pescar.
E ao final, números  vermelhos...
Que na conta dos ouvidos, houve tanto ruído, 
que o final chegou ao final.
Muitos ,muitos ruídos.
Ruídos de janelas, colheitas  de maçãs que acabam por apodrecer.
Muitos ,muitos ruídos, Tanto, tanto ruído.
e ao final...
Em um acidente se perderam entre os postais. 
E seus carnavais, encontraram a fatalidade.
Porque todos os finais são os mesmos, repetidos.
E com tantos ruídos, que não se ouvia o ruído do mar.
Descobriram que os beijos já não sabiam nadar,
Uma epidemia de tristeza na cidade.
Encontraram a fatalidade, apagaram-se os caminhos.
E com tantos ruídos não ouviram o final.

Quadros



Como é delicioso o dia de um pintor paisagista!
Levantar-se as três da manhã antes do sol nascer, e, sentado sob uma árvore observa e espera.
Não há muito que ver a principio. 
Paira no ar um suave perfume.
Tudo vibra ao sopro de uma leve aragem da aurora. 
Surge mais claro o sol; mais ainda não rompeu o véu da gaze que o encobre, no horizonte os prados,
os vales e as colinas.
Surge o primeiro raio de sol!...outro mais!..toda a paisagem repousa sobre a gaze diáfana de
ascendente cerração, que ao poucos vai sendo absorvida pelo sol, 
descortinando-os a medida que sobe o rio
com seus reflexos prateados, os prados as choupanas, a perspectiva distante.
Finalmente você poderá ver aquilo que esperava!
O sol levantou-se...as flores empinam suas corolas;os pássaros voam daqui e dali. 
Os redondos salgueiros mais parecem rodas nas margens do rio; 
Então o artista começa finalmente a pintar.

Wallace Alex