quinta-feira, 29 de outubro de 2015

O Mar


E o mar...
Quanto mais perto chego do mar.
Dos mares de amar
são traiçoeiros, digo,  o amar e mar...
O mar é sempre belo, iam e viam as ondas...
e cada uma delas tinha o seu nome.

E de ficar em silêncio e as vezes sentado.
Absorto, que imensa energia me traz.
Alegria,estar junto ao mar..
E já bem longe da escola,
foi ali que aprendi o verbo há mar.
eis o único verbo que sem lisuras,
sei conjugar.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Quando o tempo para

Apesar de muito aguardar ainda não via as folhas secas do Outono.
Me agrada muito pisar as folhas secas, 
vez ou outra dá aquela sensação  que o tempo para, 
ou que estamos fazendo algo inusitado.
Entre uma folha  seca e outra uma fração de segundos.
Talvez mais...


Ah! sim o tempo para e nada se compara! 
Com o vento, até ele tem também seu momento.
No meio de folhas secas, redemoinhos...
Da-lhes outra vez a vida!
E tal ventania parecia desafiar a gravidade, 
lançando vez ou outra as folhas secas de outono. 
Outra vez ao ar levando as folhas outras vez ao ar
ou ainda as árvores as quais se desprenderam...
Ali o tempo para e nada se compara, se você esta por perto!
as folhas de outono e a ventania.
Suaves reflexos de um espelho, sem reflexo algum.
Apesar de parar no tempo, as horas passavam, passavam.
e o tempo parou!
Vida que segue
Já faz algum tempo.
Já não vejo mais as folhas secas de Outono.
Reflexos, espelhos,  vez em quando imagens de mim mesmo.
Tudo passa, já é primavera e...outono já não há!
dança das horas!
Desta vez, cessa o outono, não vi as folhas secas, o tempo não para.
Mas ainda assim é primavera.
Estação de flores,  amores, assim como os dias e as horas...tudo e todos passam.
Restam as folhas secas de outono, um próximo outono talvez!
Este ano já não hão folhas secas, nem redemoinhos. 
É primavera!
Quando o tempo para! Ainda assim as horas passam, 
os meses, os anos.
Redemoinhos, espelhos, reflexos e redescobertas.
quando o tempo para!
 Me pergunto?

Quando você está perto,
Quando escrevo e...
quando vejo as folhas de outono.

Leviatán

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Das Flores



Das flores que cuidamos, percebo a cada dia,
 que o contato com a terra é essencial.
Cultivo, plantio...
A quantidade exata de água, a luz do sol, da lua
atenção e carinho faz com que o jardim torne-se ainda mais belo.
Assim estes são os laços que unem o jardineiro, o jardim e as flores.

Leviatán Levi

"Tu te tornas responsável por aquilo que cativas."

Entre Frases

Entre frases 

o único movimento Ao qual pude notar era o de um pássaro.
As vezes livre em seus momentos de voo.
Entre frases, nem mesmo lembro quais eram as palavras.
Um olhar entre olhares, substância simples,
Que nos levam a múltiplas conclusões.
Nem sempre certas...Entre frases, voam também as estações
E o pássaro repousa na Árvore, seu abrigo por incontáveis horas.
Carros e mudanças políticas, tem também algo em comum.
O vai e vem, das mudanças e das estradas muitas vezes nos levam a lugar nenhum.
Entre frases, ainda prefiro a mesma arvore
Que de tempos em tempos solta as suas folhas ao vento.
Inerte, observo o pássaro, que algumas vezes canta.
Outras vezes voa, entre frases, carros e mudanças políticas,
Vão e vem...passam-se

domingo, 5 de julho de 2015

Ruídos



Ela lhe pediu, que ele a levasse ao fim do mundo!
Então ele o pôs o seu nome em todas as ondas do mar.
Se entre olharam um segundo, como dois desconhecidos.
Todas as cidades eram poucas a seus olhos.
Ela quis um barco, mas não sabia o  que pescar.
E ao final, números  vermelhos...
Que na conta dos ouvidos, houve tanto ruído, 
que o final chegou ao final.
Muitos ,muitos ruídos.
Ruídos de janelas, colheitas  de maçãs que acabam por apodrecer.
Muitos ,muitos ruídos, Tanto, tanto ruído.
e ao final...
Em um acidente se perderam entre os postais. 
E seus carnavais, encontraram a fatalidade.
Porque todos os finais são os mesmos, repetidos.
E com tantos ruídos, que não se ouvia o ruído do mar.
Descobriram que os beijos já não sabiam nadar,
Uma epidemia de tristeza na cidade.
Encontraram a fatalidade, apagaram-se os caminhos.
E com tantos ruídos não ouviram o final.

Quadros



Como é delicioso o dia de um pintor paisagista!
Levantar-se as três da manhã antes do sol nascer, e, sentado sob uma árvore observa e espera.
Não há muito que ver a principio. 
Paira no ar um suave perfume.
Tudo vibra ao sopro de uma leve aragem da aurora. 
Surge mais claro o sol; mais ainda não rompeu o véu da gaze que o encobre, no horizonte os prados,
os vales e as colinas.
Surge o primeiro raio de sol!...outro mais!..toda a paisagem repousa sobre a gaze diáfana de
ascendente cerração, que ao poucos vai sendo absorvida pelo sol, 
descortinando-os a medida que sobe o rio
com seus reflexos prateados, os prados as choupanas, a perspectiva distante.
Finalmente você poderá ver aquilo que esperava!
O sol levantou-se...as flores empinam suas corolas;os pássaros voam daqui e dali. 
Os redondos salgueiros mais parecem rodas nas margens do rio; 
Então o artista começa finalmente a pintar.

Wallace Alex