Das
coisas que lhe faltavam, a visão das terras lejanas,
a muito
sonhadas.
O
sorriso de sua amada, ainda que por um breve espaço de tempo.
Estava
ainda em outro país.
Com as
pessoas que eram seus semelhantes,por uma questão de nascimento
compartilhava o idioma.
Nada
mais que isso.
Pensamento
errante.
Lhe
atribuiu por nação uma língua da qual não era nativo.
em cada
letra que pensava, a cada instante que enchia seus pulmões de ares.
Longe
estava, sempre esteve.
Breves
obrigações, nada mais.
Ancoravam
o navio ao porto.
Poderia
o corpo ser então um navio?
Sua casa
estava em outros campos.
Uma
maquina de escrever, papel, uma luneta.
Sempre
ao fim das noites.
Durante
o dia, um lar construído por ele mesmo.
um poço
artesiano.
Um
espaço para sua plantação talvez?
Agricultura
de subsistência.
Apenas o
vento dos Andes permanecia o mesmo ao longo dos anos.
Ali foi
ancorado seu coração.
A
direção da rosa dos ventos.
Areia,
pó, vaidade.
Lhe
restaram a máquina, as estrelas e um pedaço de chão.
destinado
ao descanso.
Até
lá... tudo o mais que pudesse fazer por ele mesmo.
Leviatan Levi