segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Montanhas de Papel

Montanhas de Papel

E assim definhava a poesia,
Em cada canto da cidade,
Em preto, em branco.
Em cada vírgula, e nas entrelinhas.
Uma bela mulher, poesia em movimento.
Caminhava, silenciosamente parou.
O sinal havia fechado.
observada sem saber. 
Cada passo uma palavra.
Cada qual escreveria então um texto.
Ela ao insinuar  a beleza silenciosa em perfeição.
O poeta interpretar seus passos.
Trancreve-los em palavras.
Uma página no livro dos versos.
Verticais, horizontais pensei...palavras.
com rimas ou sem rimas.
Abriu o sinal cruzou a faixa.

As linhas pareciam convergir em direção ao mesmo ponto.
Sempre nas horizontais, e lá digo, o mesmo local onde o sol jamais toca o horizonte.
onde cada pensamento, busca estas mesmas linhas.
Eram apenas palavras.
Palavras em montanhas de papéis.

eis o único lugar onde, a natureza e a poesia eram outra vez uma só.
as montanhas, a beleza não cobra tributos.
Incendeia os corações.
Incendiario de montanhas, das palavras.
ardendo sileciosamente,
um par de olhos se encontram,
e se despedem, assim é a cidade.
Fração de segundos, poeira cinza.
preta e branca.
Outra página.
tudo mais que pudesse encontrar.