quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Pintura


Das coisas que lhe faltavam, a visão das terras lejanas,
a muito sonhadas.
O sorriso de sua amada, ainda que por um breve espaço de tempo.
Estava ainda em outro país.

Com as pessoas que eram seus semelhantes,por uma questão de nascimento compartilhava o idioma.
Nada mais que isso.

Pensamento errante.
Lhe atribuiu por nação uma língua da qual não era nativo.
em cada letra que pensava, a cada instante que enchia seus pulmões de ares.
Longe estava, sempre esteve.

Breves obrigações, nada mais.
Ancoravam o navio ao porto.
Poderia o corpo ser então um navio?

Sua casa estava em outros campos.
Uma maquina de escrever, papel, uma luneta.
Sempre ao fim das noites.
Durante o dia, um lar construído por ele mesmo.
um poço artesiano.
Um espaço para sua plantação talvez?
Agricultura de subsistência.

Apenas o vento dos Andes permanecia o mesmo ao longo dos anos.
Ali foi ancorado seu coração.
A direção da rosa dos ventos.
Areia, pó, vaidade.
Lhe restaram a máquina, as estrelas e um pedaço de chão.
destinado ao descanso.

Até lá... tudo o mais que pudesse fazer por ele mesmo.

Leviatan Levi



segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Na calcada


O silêncio das horas, era a cada instante um recomeço.
Desde as pedras de cristal na instante.
Henriques tudo o observava, com relativa frieza e olhos de narrador.
Percebia de forma diferenciada, cada pequeno momento.
Os peixes no ir vir do pequeno aquário da sala.
Ou ainda o leve toque do vento nas cortinas, recém colocadas por sua mãe na janela
da sala.
A porta de sua casa estava sempre aberta, e comoheriques gostava mesmo era de ficar no portão. Ver o vai e vem das pessoas, na rua, na calçada.Apesar de manter se do lado de dentro da casa, como todo tímido que se preza, eram em si preciosos momentos que lhe concedia escondida nestes pequenos detalhes.
Por algum motivo, que não sabia explicar, estava completando um ciclo.
Escrever isso era o que fazia.
Bem ou mal, isto não lhe importava.
A verdade era que se tornava invisivel, a cada vez que o fazia.
E toda energia que fluia de si podia ser sentida,
Foi assim que tudo começou! Graças a um buraco na calçada, Se alguém caía na rua, para ele não era simplesmente um tombo; uma queda.
Desde pequeno sentia que podia escrever a música deixada em cada passo, nas calçadas.
Imaginava que o destino final, ou seja o triste momento do tombo era o final de uma
sinfonia. Entre palavras, trocava o momento da agonia por sinfonia,.
Sinfonia da desatenção!
E foi assim...os momentos que antecederam ao desastre da linda jovem.
E porque não dizer de um vôo monumental
Provocado pelo vil, buraco de calçada.
Este vilão inerte, trágica armadilha de um olhar desatento.
Frações de segundos e um doloroso momento de contato com o solo.
Uma bolsa voou, acertando em cheio a cabeça de henriques do outro lado do portão.
Por sorte conseguiu segurar seu smartphone.
Aiiii!!! Putz!! exclamou a jovem, que momentos antes.

Vinha teclando no whatsapp, já era tarde!
A pressa! Havia sido causadora de tudo. Hora para sair, hora para chegar.
Onibus, metro e todas as coisas do dia a dia.
Que nos fazem correr de um lado para o outro sem prestar a atenção.
Mas Voltemos ao caso.
ele o vil carrasco, não perdoava quem vinha fora de seu próprio ritmo.
De falta de atenção, a ação da natureza.
Tudo era beleza no mundo das letras.
Tudo até henriques ser atingido em cheio por uma bolsa na cabeça.
Deixou então de escrever sua melodia, saiu foi prestar assitência a jovem.
Que graças ao vil buraco, a pressa e ao fim do dia!
Entreolhares...deram inicio a uma nova estória!
Leviatán Levi


terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Outro texto

Outro Texto

Foram tantas as horas, que estas horas tornaram-se dias,
Os dias então semanas.
As semanas transformavam-se então em meses,
Por fim os meses fechavam o ciclo dos anos.
Estes por fim trazem em si; o frio molde do tempo.

E a vida tem em si esta particularidade; segue adiante.
Pequenos e breves instantes, constantes e inconstantes.
Um pequeno milagre que não se repete.
Enchi então os pulmões de ares, prova irrefutável de vida.
Na dança das horas, Vênus desenhava nos céus a filha das primaveras.
Teu corpo bem como as partes de teu corpo é, era...
Agora nada mais que lembranças.
Nuvens nas diáfanas nuvens do tempo.
Cada corpo na rua era então seu corpo,
Sem teu cheiro e teu gosto.
Obra grosseira confessa, regresso, retrocesso.
Bleim, bleim... Dobrava o sino.

Princípio, outra vez.
A dança das horas, outra vez.
Não há esperança!
O ciclo dos anos, sem teu cheiro e teu gosto!
Cada corpo, apenas outro corpo.
O frio molde do tempo.

Leviatán Levi



Pintura


aguia


Rosa Vermelha


Panda



Avis Rara



sábado, 9 de janeiro de 2016

A Penúltima Alternativa



A Penúltima Alternativa

A TV não é para os homens inventivos, mas para audiência.
Antes um canal um canal; hoje uma unanimidade.
E toda unamidade é burra!

Tudo é sempre um jogo de xadrez.
Enquanto disparam sobre nós algo tão chato e infantil que é impossível não dar audiência!

Dostowieiski não haveria escrito os irmãos Karamazov ou crime e castigo antenado a um dos canais do you tube.
E o que seria de kipling, escritor de Mogli ou ainda, Júlio Verne.
Este último teria por herança uma camisa de força.

Assim todos os dias privados da consciência inventiva, estes nobres autores, assistiriam a estes mecanismos maravilhosos de última geração, que nada mais são do que receptores e transmissores.
Roubar-lhes toda a glória, tudo pela audiência.

Enviando e recebendo sinais para todos os lados.
Aparelhos de tv, celulares, tablets...
Já não há privacidade tudo é tão somente uma questão de frequência e sincronização.

E por falar em celulares, ninguém sabe ao certo que dano estas
Baterias nos causam. Interessantes não?
Vamos por a tecnologia a prova?
Ponha uma bateria dentro de um micro ondas para ver o que acontece?
Boom...que se bem me lembro é o nome de um destes canais televisivos.
Ondas e controle remoto, esta é a abreviatura para o inicio do século XXI.

Uma guerra perdida, tanto quanto para a sociedade em relação ao homem que pouco ou nada avançou.
Um bom exemplo, a violência, nas ruas meio a tanto progresso.
Porque?
A lei da vida é o trabalho! Simples!
Tudo por ele é feito na terra, assim temos na economia.
Lei de oferta e procura, recursos não renováveis, excesso de mão de obra, aumento de população, efeito estufa entre milhares de outras questões.
Que vão de encontro a velhas máximas, a família é a célula máter da sociedade. E nesta não há uma evolução aparente, não no ponto de vista social em si.
Quem deveria gerar esta mudança no ponto de vista social?
O estado! Mas não há governo.
Mas a idéia de um estado democrático.
O que já é muito, mas não o suficiente!
Não quando tratamos de ondas senoidais!

Em contrapartida, o homem tecnológico avança e se distância.
Já que a tecnologia é uma ferramenta neutra. E abençoada!
Pois se por um lado estas ferramentas visam facilitar nossas vidas por outro as máquinas substituem os nossos empregos.
O objetivo é um só “o lucro”. O capital.
.
Em um mundo globalizado, neo capitalista, a tecnologia está para as elites como o capital para a burguesia
Percebendo isto, daí surgem as associações, o que é ótimo.
Para o progresso, mas em instancias inferiores onde há o menor capital, a corrupção.

O mesmo velho jogo de xadrez, só que hoje podemos baixá-lo,
on line, No google play e assim jogar remotamente com outros adversários. Como? Um passe de Mágica!
Não! Energia, ondas senoidais, frequência e sincronização!
Isto não é maravilhoso!
Quanta engenharia há por trás de tudo isso? Tem noção?
Sim? Não?
Como disse a guerra já foi vencida,
antes mesmo de se travar a primeira batalha.

Então sente, ligue a tv porque já existe alguém no controle!
É você?
Sou eu?
A TV é o ópio do século XXI.
Ondas senoidais, frequência e sincronização!
Cheque mate.


Leviatán levi

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Chega de Saudade


Mais que um blog...
Fazendo a diferença.
Chega de Saudade
Tom Jobim

Vai minha tristeza
E diz a ela que sem ela não pode ser
Diz-lhe numa prece
Que ela regresse
Porque eu não posso mais sofrer

Chega de saudade
A realidade é que sem ela não há paz
Não há beleza
É só tristeza e a melancolia
Que não sai de mim, não sai de mim, não sai

Mas se ela voltar, se ela voltar
Que coisa linda, que coisa louca
Pois há menos peixinhos a nadar no mar
Do que os beijinhos que eu darei
Na sua boca

Dentro dos meus braços
Os abraços hão de ser milhões de abraços
Apertado assim, colado assim, calado assim
Abraços e beijinhos, e carinhos sem ter fim
Que é pra acabar com esse negócio de você viver sem mim

Não há paz
Não há beleza
É só tristeza e a melancolia
Que não sai de mim, não sai de mim, não sai

Dentro dos meus braços
Os abraços hão de ser milhões de abraços
Apertado assim, colado assim, calado assim
Abraços e beijinhos, e carinhos sem ter fim
Que é pra acabar com esse negócio de você viver sem mim
Não quero mais esse negócio de você longe de mim
Vamos deixar desse negócio de você viver sem mim.

edição:
Leviatán Levi